sábado, 12 de julho de 2008

12 DE JULHO DE 1975 – NASCEU UM NOVO PAÍS, A REPÚBLICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Comemora-se hoje mais um aniversário da independência de São Tomé e Príncipe do jugo colonialista português, conquistada sem violência, ressentimentos ou vinganças o que me apraz registar, face à forte constituição cívica e moral dos seus naturais.
Os movimentos independentistas começam a organizar-se a partir de 1960, quando um grupo de valorosos patriotas pretenderam que a sua terra fosse livre e os seus concidadãos emancipados, sem qualquer tutela de colonizadores ou quejandos.
Criaram-se, por isso, partidos políticos clandestinos e com sedes no estrangeiro, com o objectivo de dialogarem com o Governo Colonial português para alcançarem o que sempre pretenderam: a liberdade.

-Presidente da Republica, Fradique de Menezes-
Só depois da Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, o novo governo português é que concordou em entregar o poder aos santomenses, ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, reconhecido como único partido representante legítimo do seu povo. -Manuel Dênde, Presidente da Federação Santomense de Futebol-

Após um breve período de transição de poderes, foram organizadas eleições para uma Assembleia Constitutiva e o MLSTP obteve todas as 16 vagas.
-Arlindo Carneiro, Responsável Relações Internacionais-

A Independência é alcançada neste dia, há 33 anos, com Manuel Pinto da Costa como Presidente e Miguel Trovoada como Primeiro-Ministro. A Constituição foi promulgada em 12 de Dezembro de 1975, atribuindo poder absoluto ao Presidente tornando-se o MLSTP então a única agremiação partidária legal da nação.
-João Paulo Cassandra, Presidente da Mesa da Assembleia-geral da FSF-

No fim dos anos 70 e na década de 1980, a orientação socialista levou o país a estreitar laços de cooperação com Cuba, República Popullar da China, com República Democrática Alemã e com a União Soviética.

-Helder Costa, Presidente do Conselho de Arbitragem da FSF-

No final de 1989, uma facção progressista do partido iniciou uma transição para um sistema democrático multipartidário, depois de um debate numa conferência nacional do partido único.


-Ricardino Barros, Secretário geral da FSF-

Nas primeira eleições democráticas, ocorridas em Janeiro de 1991, o partido único sofreu uma esmagadora derrota obtendo somente 30,5% dos votos e 21 vagas das 55 válidas da Assembleia Nacional.
-Gastão Ferreira, Árbitro FIFA-

Nas eleições seguintes, até à actualidade, o poder tem sido resultado de eleições livres para os diversos órgãos de soberania, o que demonstra maturidade política do seu povo, que sabe o que pretende e para onde quer ir. Rejeitou aventureirismo de Julho de 2003, quando tentaram depor o seu presidente eleito democraticamente.

-Quando visitei São Tomé (em 2002) tive o grato privilégio de ser procurado pelo saudoso Joaquim Bacuda-

Fradique Melo Bandeira de Menezes (n. 21.03.1942) é o actual presidente da República, eleito em 3 de Setembro de 2001.

Recordo que, na minha presença (1964/1966), já previa existirem pessoas com capacidade e saberes para ascenderem a altos cargos de dirigentes, casos de Négus Couto (falecido em circunstâncias não apuradas ainda no tempo do colonialismo), Raul Bragança, que chegou a ser primeiro-ministro, Alberto Neto, entre tantos que, na altura, mereceram o meu respeito e admiração, o que se verifica ainda.


Felizmente que a cordialidade e o respeito criam raízes e, posso afirmá-lo que mantenho laços de profunda e sincera amizade com muitos santomenses, dos quais destaco Manuel Dende, Arlindo Carneiro, Helder Batista, Ricardino Barros, João Paulo Cassandra e Gastão Ferreira, todos membros da Federação Santomense de Futebol, o que muito me orgulha serem meus bons amigos desde há muito.

Recordo, com imensa saudade, o meu bom amigo Joaquim Bacuda já falecido (Maio de 2007). Éramos adversários nas equipas que representávamos e nas diversas modalidades que praticávamos, sempre leis, sempre desportistas, com respeito e fraternidade. No dia de hoje as minhas felicitações ao país e a todos os santomenses a quem auguro um risonho futuro, com trabalho, saúde, paz e desejo de elevarem o nome das mais famosas e belas ilhas africanas, que apregoou como sendo um maravilhoso destino de férias tranquilas, inesquecíveis e de qualidade inigualável, são-no igualmente um povo acolhedor, fraterno, simpático e aplicado. A eles muito devo daquilo que sou hoje!
Para todos, aquele abraço do Alberto Helder

TEMAS REFERENTES A SÃO TOMÉ:
http://albertohelder.blogspot.com/2007/08/joaquim-bacuda.html
http://albertohelder.blogspot.com/2007/08/trs-amigos-trs-dirigentes.html
http://albertohelder.blogspot.com/2007/08/uma-de-frescura.html
http://albertohelder.blogspot.com/2007/09/vtor-manuel-cardoso-um-amigo-j.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/01/gasto-ferreira-aniversariante.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/01/so-tom-e-prncipe-mais-do-que-um-paraso.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/04/ainda-so-tom-e-prncipe-o-reavivar-da.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/04/apaf-e-federao-santomense-de-futebol.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/04/alberto-helder-motoqueiro.html
http://albertohelder.blogspot.com/2008/06/ricardino-barros-secretrio-geral-da.html

2 comentários:

Anónimo disse...

essa do jugo colonialista português é excelente.
creio que os tremendos e sanguinários fascistas portugueses foram substituidos após-25 a, por gente de bom, eivada dos melhores principios humanitários e com crescente preocupações pelo bem-estar dos seus Povos.

Rui Santos

António Serrano disse...

Não quero entrar na "luta política". Mas alguns dos Santomenses que vêm a Portugal... só regressam, se os obrigarem. Conheço uma mão-cheia deles. Quase todos meus amigos. E é uma pena, pois eles, como nós, estão cheios de saudades daquelas terras maravilhosas. Um PROFESSOR de S. Tomé andou aqui a pintar uma casa, ao lado da minha. Almoçámos juntos, há duas semanas... Há 9 anos que saíu de lá e não consegue voltar. Por motivos óbvios: não ganha para viver.
Também conheci o Bacuda... com o seu fortíssimo pontapé.