sexta-feira, 11 de abril de 2008

JOSÉ ASTOLPHI – GRANDE MESTRE BRASILEIRO, PARABÉNS!


José Astolphi o decano dos Árbitros de São Paulo comemorou ontem, dia 10, a bonita idade de 78 anos com mais de 50 de relevantes serviços prestados à arbitragem paulista e brasileira. É obra!

O ex-árbitro de futebol José Astolphi nasceu em Birigui, interior paulista, em 10 de Abril de 1930. Começou a vida desportiva como jogador de futebol, mas uma contusão no joelho num treino pelo Linense acabou com o sonho. Passou a apitar partidas de futebol e basquetebol na cidade natal, até que em 1958 dirigiu sua primeira partida com o emblema da Liga Araçatubense de Futebol. Foi árbitro da Federação Paulista de Futebol entre 1960 e 1968. De 69 a 71, arbitrou no quadro da Federação Mineira. Também na década de 60, criou a primeira associação de árbitros do Brasil. Em 1972, a convite do então presidente da Federação Paulista de Futebol José Ermírio de Moraes, assumiu a chefia da Comissão de arbitragem da Federação. Em 1981, criou o SAFESP-Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo. Aposentado, Astolphi é casado há mais de 50 anos. Mora em São Paulo e tem quatro filhos, sete netos e um bisneto. Paralelamente, dirige uma entidade sem fins lucrativos denominada Cuebla, que organiza diversos campeonatos envolvendo adolescentes para a prefeitura de São Paulo e o governo paulista.
-Na direcção dos jogos de dente-de-leite-

Enquanto Árbitro participou em momentos importantes do futebol. Em 25 de Janeiro de 1968 chefiou a equipa de arbitragem do jogo São Paulo-Benfica, de Eusébio, vencida pelos brasileiros por 3 a 2. O glorioso tinha vários jogadores que, dois anos antes, haviam defendido a seleção portuguesa terceira classificada no Campeonato do Mundo 1966-Inglaterra. Mas a partida mais marcante ocorreu entre XV de Piracicaba e Portuguesa Santista em 1965. O jogo estava 1 a 1 quando a Direcção do XV, que estava a caminho da segunda divisão com aquele resultado, pediu para os adeptos invadirem o campo quando faltavam três minutos para o final. Depois de longa batalha jurídica, foi determinada a realização dos três minutos finais em um sábado de manhã no estádio do Morumbi, com portões fechados. Mesmos jogadores, mesmo árbitro. No primeiro lance, um jogador da Portuguesa que estava bem perto da sua baliza quase marcou um golaço contra. Se não fosse uma defesa espectacular do guarda-redes, o XV teria vencido a partida.

Das imensas honrarias que recebeu destaque-se a atribuída pela Prefeitura de Penápolis (Munícipio de São Paulo), como cidadão penapolense.
-Teodoro Castro Lino, o aniversariante, Ana Bia Batista, Vítor Pereira e Luís Guilherme-

Presidente de Honra do SAFESP, tendo dirigido os seus destinos por 3 mandatos (de 9/4/81 a 4/12/1981, 7/12/1987 a 16/12/90 e 17/12/90 a 4/1/94, esteve connosco num dos últimos Congressos brasileiros.

Quando o Mestre Joaquim Campos foi contratado para dirigir jogos no Brasil, isto nos anos 60, José Astolphi foi o seu mais próximo acompanhante e guia.
-No Congresso da ANAF, em São Paulo-

Pese embora um tanto atrasados, aqui ficam os votos de felicidades dos portugueses por mais um aniversário natalício.

Parabéns, professor!

NOTA: Texto e fotos conjuntamente com a devida vénia dos sítios Milton Neves e do SAFESP.

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