sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

NAQUELE TEMPO (VI)



O Boletim O Árbitro, número 8, de Fevereiro de 1958, incluiu os seguintes temas:

Como deve ser apreciado o trabalho do Árbitro, de Filipe Gameiro Pereira, que expõe um curioso estudo, onde se destaca o grau das arbitragens: Boas (45%), Regulares (38%) e Más (17%)! Joaquim Campos continua a desenvolver o tema sobre a preparação física, destacando que Árbitro mal preparado sofre efeitos nefastos que afectam o seu raciocínio e os seus reflexos. O Árbitro e a Crítica, de A. Pereira Linhares (Braga). Os Árbitros jugoslavos alvitram que a orgânica das nomeações a nível internacional devam pertencer a uma Comissão criada na UEFA. Para quando a uniformidade de critério?, de Ilídio Cacho (Lisboa). Árbitros e arbitragens, de Georges Soyreau (França). Será possível conseguir receitas para contratar um preparador físico?, de José Manuel Silva (Lisboa).
Fernando Valério numa festa organizada pela Associação de Futebol de Setúbal, em 14 /2/1958, foi distinguido pela Direcção Geral dos Desportos com a medalha de bons serviços e uma gentil menina ofereceu um bonito ramo de flores, gesto que a assistência sublinhou com prolongada salva de palmas (sic).
A Tribuna do Árbitro continua a explicar pormenorizadamente as dúvidas colocadas por diversos interessados.
Esclarecendo, é a rubrica de A Voz Desportiva, de Coimbra, que se dá à estampa.
Curiosidades: Os Árbitros internacionais indicados para o próximo Campeonato do Mundo terão que fazer um estágio preparatório para tomarem conhecimento do regulamento da prova e uniformizar critérios a adoptar. O programa da Rádio Televisão Portuguesa Bancada Central tem abordado a questão da categoria dos nossos Árbitros em confronto com os estrangeiros, chegando-se à conclusão que os nossos juízes não são tão maus como os pintam (sic). O Brasil mostrou interesse em contratar dois Árbitros portugueses para dirigirem os seus jogos e adiantam o nome de Inocêncio Calabote como sendo um deles. Em Portugal, os prémios da II e III Divisões, 100$00 e 50$00 para os Árbitros e 25$00 e 20$00 para os fiscais de linha continuam a um nível incompatível com o valor e a capacidade das provas. Espantoso é o facto de que, naquela altura, haver dirigentes que alvitraram a sua redução!
FOTO: A equipa de arbitragem que dirigiu o Portugal-Estados Unidos (Militares), realizado no dia 18 de Fevereiro de 1958, constituída pelo Árbitro espanhol Ramón Azón (ao centro) auxiliado por um Assistente americano (não identificado) e o Mestre Joaquim Campos. Nos extremos estão os capitães das duas equipas, destacando-se à direita o talentoso Hernâni, que foi um dos meus ídolos. Repare-se no equipamento do colega dos Estados Unidos, todo ele é riscas…

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