sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

MIKLOS FEHÉR, UM DOS NOSSOS QUE PARTIU HÁ 4 ANOS





Em 25 de Janeiro de 2004 a televisão deu em directo o momento fatídico em que este brioso jogador que com a camisola do Benfica caiu no relvado do Estádio Afonso Henriques, em Guimarães. Quem viu as imagens ficou perplexo com o que se passava, impotente para ajudar e uma enorme expectativa quanto ao desenrolar da situação, que não previa nada de bom. E, então, quando foi confirmada a sua morte perpassou em todos os desportistas um sentimento terrível de angústia, de dor, de compaixão, mas já nada havia a fazer senão partilhar a enorme onda de solidariedade que envolveu todos aqueles que muito sofreram com a sua perda, familiares, amigos e admiradores.

A APAF foi expressar as condolências e velar o corpo do malogrado no Estádio da Luz. Convidada para acompanhar o cortejo fúnebre que seguiu para a terra natal do inditoso futebolista (Gyor-Húngria), tal incumbência coube-me a mim, na qualidade do cargo que nessa altura exercia, o de Secretário-Geral. Na viagem tive a oportunidade de expressar pessoalmente aos pais (Akiko e Miklos), irmã (Orsika) e noiva (Adrienn), os sentimentos profundos dos Árbitros portugueses e muito especialmente da equipa de Olegário Benquerença que dirigiu a partida e que assistiu bem de perto o desenrolar do infausto acontecimento.
Ofereci-lhes a foto de Fehér quando visitou o nosso stand da Feira do Futebol, em 5 de Dezembro de 2003, assim como a reprodução da mensagem que deixou no nosso livro de honra, junto de duas jovens colegas árbitras, documentos que estão depositados no Museu que foi criado em sua homenagem.
Mais tarde, aquando do descerramento do seu busto no Estádio do Benfica e também com a mesma finalidade entregámos a seus pais a colecção das fotografias que obtivemos naquela deslocação. Noutra das fotografias que agora se divulgam está a dar autógrafos às crianças da ACREDITAR, num convívio após terem assistido a um jogo do Benfica. Soubemos que o pai de Miklos Fehér foi antigo árbitro de futebol.

É doloroso ver partir assim um jovem, cheio de genica, com vontade de singrar, um dos nossos…

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Nota: Amanhã vou então até Cuba. Já volto, ok?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A RAZÃO DA MINHA DEMISSÃO


Como informei neste blog em 2 de Janeiro demiti-me das minhas funções de Vice-Presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Lisboa, cargo que exerci durante pouco mais de 5 meses.
Face às provas de solidariedade que recebi de imensas pessoas, a quem agradeço, cumpre-me agora divulgar o teor da carta que enviei à Associação de Futebol de Lisboa, no passado dia 2 de Janeiro, para que se saiba o que me levou a não continuar a trabalhar com um ex-dirigente de clube que, face aos acontecimentos que se verificaram, deixou de merecer a minha confiança pessoal e institucional.


Exmº Senhor
Dr. Fernando João Gouveia da Veiga Gomes
Ilustre Presidente da Assembleia-Geral da
Associação de Futebol de Lisboa


Com os melhores cumprimentos venho apresentar o pedido de demissão do cargo de membro do Conselho de Arbitragem, acto que faço com determinação e conscientemente dado o comportamento inadmissível do Presidente deste órgão no plenário do passado dia 27 de Dezembro, para comigo, onde tentou acintosamente – sem o conseguir – desacreditar a minha imagem perante os colegas do Conselho presentes, procedimento que me afectou sobremaneira, e que me sinto atingido na minha honra.

Devo ainda acrescentar que a minha visão da vida deve reger-se por regras objectivas e precisas. Assim, desde que existo (tenho 65 anos), sou uma pessoa de bem, com princípios definidos, não digo hoje uma coisa e amanhã outra, o meu relacionamento, cordial e olhos-nos-olhos é sobejamente conhecido no meio de tanta gente onde me incluo, aquém e além fronteiras. São estas pessoas que poderão dizer quem eu sou. Todavia defendo, com sentimento e intransigentemente, a honestidade, a verdade, a justiça, a lealdade, a solidariedade, o rigor, o respeito, o diálogo, a tolerância e os demais valores que devem existir entre as pessoas, assim como combato a mentira, a arrogância, a hipocrisia, a conflitualidade, o cinismo, a censura, a prepotência, a vaidade e outras maledicências que afecta o ser humano. Desde que me conheço que sou um homem independente, penso por mim e nunca fui atrás de servilismos bacocos ou interesseiros. Nunca servi ou servirei de bengala de ninguém. Estou orgulhoso do meu passado, da minha conduta e dos ensinamentos que proporcionei às centenas de Árbitros que formei ao longo de mais de dezena e meia de anos. Foi tudo isto e algo mais que transmiti em 26 de Junho de 2007, ao actual Presidente do CA, numa reunião que com ele tive, a meu pedido, na expectativa de que o complemento do mandato que terminará em Dezembro deste ano, fosse de entendimento, total cooperação, respeito e, acima de tudo, muito digno. Enfim…

Entretanto, para além do que se passou naquela reunião, cujos casos também relato, houve outros que reporto de fundamentais para a tomada desta minha decisão. A saber:

1. O facto do Presidente, em pleno plenário – desde o inicio e por várias vezes – ultrajar os Árbitros que, em sua opinião, prejudicaram o clube de que foi Presidente, classificando-os com nomes vexatórios, injustos e ofensivos que me abstenho de reproduzir por respeito a uma causa que abracei convicta e denodadamente há mais de 30 anos.
2. O facto do Presidente ter afirmado que eu, aquando da sua ausência no estrangeiro, fui à Associação de Futebol de Lisboa falar com alguém e dizer que queria usurpar o seu lugar de Presidente, o que é falso. Basta fazer uma acareação comigo e com quem informou o Presidente da mentira que disse categoricamente… A propósito: aqui registo a afirmação que proferiu na reunião realizada no Núcleo de Lisboa, em 6 de Setembro, onde disse ir pensar sobre a sua continuidade no Conselho de Arbitragem. Pergunto: quem é que se queria ir embora?
3. O facto do Presidente ter-se insurgido contra mim, repudiando a posição que assumi na reunião efectuada com os Árbitros, em 14 de Dezembro, os quais pediram escusa de actuar com as equipas do Recreativo Águias da Musgueira – clube que muito prezo desde sempre e onde tenho inúmeros amigos – quando afirmei que estava solidário com a atitude que tiveram. Faço isto desde que ingressei na arbitragem e não era agora que o deixava de fazê-lo, só porque este Presidente sente que todos têm de pensar e agir pela sua cabeça…
4. O facto do Presidente ter ficado transtornado comigo, repetindo-se inúmeras vezes na mesma reprimenda que me dirigia, só porque dei conhecimento ao Plenário (na reunião de 27/12) que alguns filiados, após o final dessa mesma reunião terem-me manifestado a sua decepção, quando desciam as escadas comigo, quanto à dualidade de critérios expressa pelo Presidente, dado que, anteriormente, afiançou não proceder a nomeações para jogos, se necessário, para escorar o seu ponto de vista quanto à Fiscalidade, o que os Árbitros não constataram agora nos casos das agressões que sofreram os seus colegas, com o Musgueira.
5. O facto do Presidente ter violado grosseira e unilateralmente o artigo 5º do Regimento do Conselho de Arbitragem ao indicar como seu substituto o Vice-Presidente da Área Técnica para o representar nos convívios que os Núcleos de Lisboa e de Torres Vedras realizaram na quadra natalícia, quando eu não fui contactado para o efeito e que, como sempre, nunca manifestei qualquer indisponibilidade para estes ou quaisquer outros actos, que, chamado a tal função, tenho cumprido desde o primeiro dia.
6. O facto do Presidente ser o principal opositor nas reformas que são necessárias desenvolver na organização administrativa do Conselho de Arbitragem, tendo mandado retirar da ordem de trabalhos o tema por mim proposto persistentemente (quais as tarefas que fazem os colaboradores) o qual já vinha há muito a ser olvidado, de reunião para reunião…

Entendo que, face ao meu currículo, ao meu bom-nome, merecia respeito e não o tratamento torpe e depreciativo de que fui alvo por parte de quem tem a obrigação de que zelar pelo órgão que tem responsabilidades acrescidas pelo que representa no futebol português, pelo que deve ser o garante da estabilidade duma área muito delicada e onde se tem que dar tudo pela sua dignificação, isto para além de ter disponibilidade, senso, vocação e sensibilidade. Este é o perfil que preconizo e ele existe no seio do sector, em Árbitros jubilados. Dirigir um Conselho de Arbitragem não é o mesmo que estar à frente de um clube, onde normalmente a politica do quero, posso e mando tem o seu espaço.

No meio disto tudo lamento, ainda, que não se tivesse realizado a reunião que pedi em 6 de Novembro a quem me convidou para ocupar o lugar no Conselho de Arbitragem (Dr. Carlos Ribeiro e Sr. António Silva, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da Direcção), para lhes expressar o meu desencanto perante a conduta do Presidente do CA, pois se eu o conhecesse ou me dissessem os seus sistemas naturais de actuação, jamais lidaria com tal pessoa, mas…

Assim, por considerar não haver condições para trabalhar com quem me trata da forma como acabei de descrever, esta a minha demissão tem razão de ser. A Associação de Futebol de Lisboa, que muito me honra pertencer – outorgou-me há mais de 20 anos o título de Sócio de Mérito – e a quem tenho dado o meu melhor, inclusive nestes 5 meses que, sem vícios ou incoerências, estive a servir o Conselho de Arbitragem (em 2006, distinguiu-me com o Prémio Mérito e Prestígio), pode continuar a contar comigo.

Estou pronto, como sempre, para transmitir as informações e entregar ao meu substituto todos os processos que estavam à minha responsabilidade. Em anexo devolvo o cartão que me identificava como dirigente do CA.

Nota: Como registo dou conta que, desde que tomei posse (26 de Julho de 2007) estive, com imenso gosto a trabalhar, com vontade de participar numa área que me sentia bem e em regime de voluntariado, ao serviço do Conselho de Arbitragem, mais de 610 horas nos 134 dias que me desloquei à rua dos Fanqueiros, isto num máximo de 159.

Queira aceitar as minhas saudações festivas.

Alberto Helder

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

CONGRESSO EM SANTARÉM


Com início na sexta-feira, dia 8 de Fevereiro pela 14H30, e final no dia seguinte, realiza-se o Fórum do Futebol no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, cuja organização é da Comissão das Associações Distritais.
Os temas, aliciantes e pertinentes, versam as questões actuais que afectam o futebol, principalmente a sua consolidação e o desenvolvimento a partir da base (distritais), única sustentação dos patamares seguintes (nacionais e profissionais) e que urge encontrar as soluções adequadas, modernas e que não sejam contra ninguém, mas sim em benefício do desporto-rei.
Os palestrantes são de excelência, logo terão de dar o seu melhor para que todo este trabalho não venha a ser como os anteriores: do que se diz pouco ou nada se aproveita ou se faz. Que não se limitem a palavras de circunstância. Face à sua experiência, aos seus conhecimentos, não tenham receio de dizer o que deve ser feito e dar a sua convicta palavra que vão empenhar-se no projecto a que se propõem. Só assim é que valerá a pena participar.
Para mais informações e inscrições, consultar o sítio:
http://www.afsantarém.pt/

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – MAIS DO QUE UM PARAÍSO…






Hoje tenho uma de nostalgia por este belo país que me apaixonei desde que o conheci (1964/1966).

Vale a pena visitar estas maravilhosas ilhas de águas limpas, tépidas e deslumbrantes, um ambiente maravilhoso e, acima de tudo, as suas simpáticas gentes que nos encantam e acarinham.
São Tomé e Príncipe, sempre!!!

Ai que saudades, ai, ai...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PALMENSE-ALVALADE E LIVRAMENTO-FREIRIA - FIM-DE-SEMANA FUTEBOLÍSTICO








No passado sábado, dia 19, desloquei-me até ao campo José Ramos, onde o clube da casa, o Sport Futebol Palmense (Fundado 25.10.1910) perdeu com o Alvalade Futebol Clube (F.), por 3-2. Este jogo contava para o Distrital de Juniores da II Divisão.
Equipa de Arbitragem: Elisabete Carina Real Silva (Árbitra), Martinho Reis Amaro e João Manuel Dores Horta Pinheiro. Tive a oportunidade de saudar o antigo guarda-redes sénior do Palmense, José Porta-Nova.

No dia seguinte, ou seja ontem, fui ao Livramento assistir ao jogo da I Divisão da AFL. O Sporting Clube do Livramento (F. 18.10.1939) defrontou o seu eterno rival, o Freiria Sport Clube (F. 01.01.1939) e o resultado final foi 1-1.
Equipa de Arbitragem: Carlos Miguel Filipe Militão Dias (Árbitro), Paulo Jorge Lourenço Ribeiro e Paulo Jorge Boeiro Bogarim.
No segundo tempo conversei com os jovens e promissores Árbitros David Miguel Jacinto Mota e Fábio Miguel Oliveira Pereira, a quem, em termos de conhecimento global da temática de arbitragem, coloquei a seguinte questão: Num encontro de futebol e em tempo normal de jogo, o mesmo jogador pode marcar 3 (três) golos consecutivos e sem mais outro qualquer jogador tocar na bola. Como?
Já agora, gostaria de saber se os frequentadores deste blog sabem a solução. Aguardo as vossas respostas.

domingo, 20 de janeiro de 2008

APONTAMENTOS SOBRE A MINHA ACTIVIDADE DESPORTIVA (6)



O que vou contar a seguir nada tem a ver com o futebol senão o facto de terem uma bola em comum. Estou a falar do pingue-pongue...

Pois bem, também fui um adepto amador do Ténis de Mesa. Aprendi a jogar quando tinha os meus 16/17 anos com uns amigos no Ferroviário, em Lisboa, utilizando a hora de almoço dos empregos para praticarmos esta interessante modalidade.

Depois, quando segui para São Tomé e Príncipe a bordo do paquete Império (foto, 11.6.1964), comecei por jogar em mesas dos passageiros da 3ª classe, no convés, onde jogava a ralé e, de convite em convite, cheguei aos camarotes de luxo, a defrontar os oficiais das forças armadas portuguesas que iam a bordo com destino a vários portos das então províncias ultramarinas portuguesas… Ganhei algumas vezes e perdi outras nos muitos jogos que disputei durante os 9 dias de viagem, com passagem pela ilha da Madeira. Muitas bolas ficaram no Oceano Atlântico…

Em São Tomé, aí sim, tive oportunidade de jogar com alguma frequência com briosos adversários, incluindo o José Guiomar Fernandes, natural do Distrito de Santarém, militar como eu (1º cabo foto-cine), que, apesar de nunca me ter ganho qualquer partida, desafiava-me quase todos os dias para a liça. Por brincadeira apostávamos uma garrafa de cerveja. Então não é que me vim embora (em 1966) e ficaram pagas umas quantas cervejas que nunca cheguei a beber…

Mais tarde, depois de ter regressado a Lisboa e em representação da empresa onde laborava participei num campeonato organizado pela entidade que geria o desporto para trabalhadores. Quanto a classificações escusado será adiantar algo, pois entre estrelas eu era o que menos brilhava, isto é, era o mais apagado, logo…

Em 26 de Agosto de 1976 (ver diploma) ainda frequentei um curso de candidato a Árbitro mas mesmo tendo obtido a aprovação não me foi possível seguir para além de ter colaborado na direcção de muito poucas partidas dum torneio relâmpago que se efectuou em Lisboa. O futebol chamava-me…

sábado, 19 de janeiro de 2008

O MESTRE ABEL DA COSTA, FAZ HOJE 95 ANOS DE IDADE!



O Decano da Arbitragem portuguesa está de parabéns e todos nós também…

Agradável é saber que este Querido e Bom Amigo está de excelente saúde, que ainda conduz o seu automóvel e está ainda muito dinâmico, participativo e continua a distribuir a sua alegria contagiante, o que é um assombro. A sua forma física é invejável, graças à ginástica que nunca deixou de fazer. Um exemplo para se conseguir a desejava longevidade…

Vamos tentar descrever o que foi a sua longa e brilhante carreira ao serviço do desporto que começou bem cedo. Aos 14 anos de idade, já era praticante de futebol, atletismo e ciclismo no Sport Clube do Carmo. Aos 18 transfere-se para o Coimbrões onde permaneceu 10 épocas na primeira categoria. Vestiu ainda a camisola do Boavista Futebol Clube e efectuou 2 épocas ao serviço do Académico do Porto, onde também foi guarda-redes de Hóquei em Campo. Representou o Regimento de Infantaria 18 na modalidade de basquetebol e na pesca desportiva conseguiu capturar uma corvina com 19 quilos!

Quanto à arbitragem, a sua impressionante carreira resume-se a 23 anos como Árbitro e 20 como dirigente. É obra! Quarenta e três anos ao serviço da causa para além de ser um marco inigualável são, sem dúvida alguma, uma fantástica epopeia, um exemplo de tenacidade, carácter e dedicação sem paralelo.

Quanto à arbitragem vamos aos dados que nos foi possível recolher:

Inscreveu-se na Escola de Candidatos em 1940, tendo sido licenciado em 1963, por limite de idade (naquele tempo podia-se estar em actividade até aos 50). Árbitro da 3ª categoria nacional nas épocas 1940/42, na 2ª, entre 1942 e 1945 e ascende à primeira categoria em 1945/46. Obtém as insígnias da FIFA em 1956, ostentando-as até se retirar. Dirigiu 429 partidas como Árbitro e na função de Árbitro Assistente esteve em 192 jogos.
Damos destaque aos seus jogos internacionais, como Árbitro. Amigáveis com a equipa do F.C.Porto a receber os seguintes adversários: 1958-Áustria de Viena, 1959-Corinthians. 1960-Vasco da Gama e First de Viena. 1962-América. 1963-Reims e 1965-Fluminense. Oficiais: 1960-Nice-Real Madrid, 4 de Fevereiro, a contar para os quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em que o clube da casa ganhou por 3-2, depois de ter estado a perder por dois golos. Teve como seus auxiliares Francisco Guerra e Clemente Henriques, também internacionais. 1961-Espanha-Áustria, Portugal-Marrocos (em militares) e, em 10 de Novembro, o Espanha-França em Esperanças. 1962-Em 24 de Outubro, Atlético Madrid-Hebernians Paola, com a colaboração de Dr. Décio de Freitas e Clemente Henriques. Como Árbitro Assistente: 1957-Sant Etiene-Milan e Espanha-Turquia. 1959-Yong Boys-Wismute. 1960-Espanha-Marrocos (Esperanças). 1962-Em 26 de Setembro, o Sevilha-Rangers, auxiliando o Dr. Décio de Freitas.

A sua equipa foi considerada a melhor na época 1959/60. Como Instrutor Nacional foi Formador de inúmeras Escolas de Candidatos. Fez parte de júris de exames a candidatos realizados em Aveiro, Braga, Coimbra, Porto, Vila Real e Viseu. Exerceu a função de Observador de Árbitros da então Comissão Central e da UEFA. Dirigente dos Conselhos de Arbitragem do Porto e da Federação Portuguesa de Futebol (Comissão Central).

Recebeu sete louvores mas também sofreu um castigo que o Mestre relatada da seguinte forma:
Num jogo em Coimbra, com a Académica, assinalei uma grande penalidade. Só que o meu auxiliar deu-me indicações que a falta tinha sido cometida fora da área de grande penalidade. Por isso chamei os capitães e expliquei-lhes a alteração da minha decisão. Eles aceitaram e mandei marcar o pontapé livre. O Observador ao jogo focou esse caso no seu relatório e eu fui castigado…

Já agora, voltamos a dar voz ao Mestre, reproduzindo as suas oportunas considerações expressas aqui há uns tempinhos a um jornal desportivo:

A
arbitragem no meu tempo era, exactamente, o que não é hoje. Antigamente os jogadores defendiam as cores das camisolas, por amor. Agora lutam por interesses monetários. Dantes havia um respeito enorme pelas decisões dos Árbitros. Convivíamos com Dirigentes e jogadores de uma forma saudável e respeitosa. Os dirigentes desabafavam connosco em tom coloquial e os nossos erros eram discutidos e morriam ali. Para mim Vieira da Costa foi o melhor Árbitro português de todos os tempos. Refiro ainda Joaquim Campos, Clemente Henriques e Francisco Guerra como Árbitros de elevada categoria. Já no meu tempo os três grandes de Lisboa (Sporting, Benfica e Belenenses) já sabiam pressionar os Árbitros. Não quero dizer que fossem desonestos. Mas escolhiam os consagrados, como era o meu caso, só quando os seus clubes jogavam fora. Mas em casa escolhiam outros, mais fraquinhos. Depois, quando passei pela Comissão Central e era o único ex-Árbitro, voltei a aperceber-me destes factos.

Um episódio deveras curioso e marcante da sua forte personalidade: Em 26/12/1947 formalizou o seu pedido de demissão por os Árbitros terem passado a ser liderados por dirigentes de clubes…

Em Dezembro de 2001 o Conselho de Arbitragem do Porto prestou-lhe uma merecida homenagem nomeando-o Patrono do Curso de Candidatos. A APAF, em 2005, também o elegeu como Padrinho do III Torneio Inter-Núcleos de Futsal.

Recorde-se que o Governo Português lhe outorgou em 3 de Outubro de 2005 a Medalha de Bons Serviços Desportivos pelo seu passado desportivo que engloba, naturalmente, os mais de quarenta anos que esteve ao serviço da arbitragem portuguesa. Esta condecoração foi-lhe entregue pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto numa bonita festa realizada em Fafe.

O Mestre Abel da Costa tem estado sempre presente nos encontros anuais dos Antigos Árbitros, com sua esposa Dª Conceição, vindo até a conduzir o seu automóvel desde o local onde nasceu e mora, em Fão-Esposende. Um espanto!

Ainda recentemente ofertou ao Museu da Associação de Futebol de Lisboa o seu último par de chuteiras que utilizou (diga em óptimo estado de conservação).

Ao Mestre Abel da Costa agradeço em nome dos Árbitros portugueses por tudo o que fez pela arbitragem portuguesa, com empenhamento, devoção e entrega total à causa de todos nós. Vamos gostar de vê-lo cá por muitos e bons anos na companhia de sua Esposa e demais familiares e amigos, pois os seus admiradores assim o exigem e eu sou um dos mais acérrimos…

FOTOS: Com sua esposa, Dª Conceição. Na do meio com o seu grande Amigo Fernando Melo Acúrcio (também antigo Árbitro) e, na debaixo, na Madeira.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

SELOS E POSTAIS DE PORTUGAL (I)




Esta colectânea, editada pelo Jornal Diário de Notícias em Abril de 2001, é, sem dúvida alguma, uma preciosidade temática de grande valor estimativo junto dos adeptos deste género de antiguidades postais. As gravuras datam do início do século XX e contam a história dos selos em Portugal. Afianço que vale a pena acompanhar esta curiosa série de raridades até ao seu final (número 50).

COMENTÁRIOS:
POSTAL 1 – BOM JESUS DO MONTE (BRAGA)
Tal qual há cem anos… O selo é o célebre D. Maria II.
POSTAL 2 – PRAÇA DO RIO DE JANEIRO (LISBOA)
O Jardim França Borges, o tal da minha meninice – ver neste blog em 4 de Setembro – onde é destacado o soberbo e imponente Cedro-do-Buçaco, com mais de 20 metros de diâmetro, que pode abrigar centenas de pessoas. A estampilha tem o perfil do D. Pedro V.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

VOU DE VIAGEM...


Venho dar a boa nova de que irei estar ausente a partir do próximo dia 26 (Sábado), dado que vou gozar um pequeno período de férias em Varadero (Cuba) onde irei encontrar calor e hospitalidade nesta famosa ilha, banhada por águas mornas e acolhedoras.

Assim, a partir daquela data e até ao dia 3 de Fevereiro (domingo), como se compreende, não actualizarei o meu blog.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

INSÍGNIAS DA FIFA ENTREGUES PELA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL


Numa cerimónia protocolar realizada ontem no auditório Manuel Quaresma, saudoso companheiro já desaparecido, a FPF, através dos seus representantes e alguns das Associações, procedeu à entrega dos emblemas que credenciam as Árbitras, os Árbitros e Árbitros Assistentes internacionais portugueses nos grandes acontecimentos de cada variante (Futebol, Futsal e Futebol de Praia), durante este ano que se iniciou.

Estiveram presentes, para além dos galardoados, algumas pessoas, entre elas o Mestre Joaquim Campos que, mais uma vez, não foi chamado para, simbolicamente, entregar um distintivo sequer, dos 23 que foram concedidos... Vinte e uma épocas internacional, presença em dois campeonatos do mundo… É pena, tanto deu à arbitragem, ao futebol português e já ninguém (dos que dirigiram a sessão) se lembra dele. É triste! Para mais é um Sócio de Mérito da Federação, muito ilustre e que recentemente até a Cidade de Lisboa lhe atribuiu a Medalha Municipal grau Ouro.

Quanto a mim, para além de continuar muito orgulhoso de ter a honra de ter sido o Formador de quatro dos actuais FIFAS, Duarte Gomes, Pedro Proença, Tiago Trigo e João Almeida (já lá vai o tempo de Vítor Pereira, que terminou a carreira internacional em 2002, e de Gustavo de Sousa, recentemente, em 2007), expresso votos de felicidades a todos e que tenham actuações e comportamentos que prestigiem e dignifiquem a arbitragem portuguesa aquém e além fronteiras.

Já agora, a-propósito, e falando de internacionais dou conta que no ano passado, pela primeira vez, a FIFA aceitou e escolheu Árbitras da variante de Futsal para os seus quadros. Na altura foram aceites as candidaturas dos nomes indicados pelo Brasil (4), Peru (2) e Venezuela (2). Agora, para 2008, atribuiu as suas insígnias a Árbitras de mais 5 Federações: China (2), Espanha (1), Hungria (1), Itália (1) e Venezuela (2), perfazendo um total de 14 Árbitras internacionais de Futsal. E Portugal? Estamos à espera de quê?

Será que duas jovens Árbitras portuguesas, a Filipa e a Sandra ambas filiadas no Conselho de Arbitragem do Porto, não terão categoria igual ou superior às suas colegas estrangeiras? Repare-se nos seus currículos:

Filipa Isabel Sousa Pereira dos Santos (N. 22 de Junho de 1978), profissionalmente é Professora do 1º Ciclo e está colocada na Escola Francesa (Porto). Licenciada, frequenta actualmente Curso de Mestrado. Árbitra da 1ª Categoria Nacional desde 2001/2002 (há 7 épocas ininterruptas), depois de ter ingressado na arbitragem com 17 anos de idade, em 1995/96, ascendeu em 1998/99 à 3ª categoria e, na época seguinte, à 2ª categoria onde se manteve 3 épocas. Quanto à experiência adquirida e como se depreende já dirigiu dezenas e dezenas de jogos nacionais e distritais. É Monitora da FPF (2003) e colabora com a Associação do Porto, não só como Formadora, como membro da Comissão Técnica. E, pasme-se, é Instrutora FIFA (2006), que a nomeou para ir à República do Irão formar Árbitras de Futsal com vista aos IV Jogos Islâmicos de Solidariedade. Foi um sucesso esta sua participação. Línguas estrangeiras: Francês e Inglês.


Sandra Maria Novais da Silva (N. 18 de Março de 1976), profissionalmente é Coordenadora em Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente. Árbitra da 1ª Categoria Nacional desde 2006/07, depois de ter ingressado na arbitragem com 20 anos de idade, em 1997/98, ascendeu à 3ª Nacional em 2003, onde esteve 2 épocas e, em 2005/06, à 2ª Categoria. Entre os jogos de maior relevância em que tem participado, bastantes exigentes e competitivos face à qualidade das equipas nos campeonatos nacionais, destaque-se a Supertaça 2007/08, entre o Sporting de Braga e o Benfica. É ainda membro da Comissão Técnica da variante na Associação de Futebol do Porto. Quanto a línguas estrangeiras domina o inglês e o alemão. Esta época faz equipa com a também jovem Tânia Teixeira, actualmente na 2ª categoria nacional.

Não será tudo isto o mínimo para serem indicadas no próximo ano à FIFA? No meu entender já se perderam dois anos e o trabalho que estas jovens têm desenvolvido não merecem o tratamento que a FPF lhes deu até agora. Ignorou-as pura e simplesmente…

Com elas vai acontecer o mesmo que se verificou com as colegas do Futebol de 11! Isto porque, recorde-se, em 2002 houve que alertar o Conselho de Arbitragem da FPF, após ter-se elaborado estudo independente nesse sentido, para que analisasse a questão e indicasse à FIFA Árbitras portuguesas (Futebol 11), já que muitos países extremamente mal classificados no ranking mundial tinham Árbitras e Árbitras Assistentes. Só Portugal é que não… Passados 2 anos, em 2004 é que foram admitidas as duas primeiras, a Berta Tavares, de Vila Real e Sandra Brás, de Aveiro, que têm demonstrado no Estrangeiro o valor das Árbitras portuguesas. Mais tarde, em 2007, Márcia Pejápes, de Leiria foi indicada à FIFA e é a terceira mulher a ostentar o ambicionado escudo. E, já agora, quando é que temos Árbitras Assistentes portuguesas internacionais? Para quando a afirmação da arbitragem feminina no futebol português? Atingir a internacionalização é um forte estímulo para quem anda na arbitragem, principalmente as jovens. A Federação Portuguesa de Futebol tem de trabalhar mais e melhor para proporcionar e incentivar este supremo objectivo. Não basta debitar palavras circunstanciais ao presente, quando não se liga ao passado e não se prepara o futuro…

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

CULTURAL PONTINHA-RINCHOA, TOJAL-CASA PIA E SELECÇÕES DE ANGOLA-EGIPTO - JOGOS DO FIM-DE-SEMANA






















No sábado, dia 12, na Pontinha, assisti ao desafio das equipas de Juniores do Clube Atlético e Cultural (Fundado em 06.05.1974) e do Grupo Desportivo de Rio de Mouro, Rinchoa e Mercês (F.01.03.1958), cujo resultado final foi a vitória dos donos da casa por 1-0.
Equipa de arbitragem: Hugo Miguel Soares Silva (Árbitro), João Paulo Leitão Junqueira e Pedro Tiago Rodrigues Sousa.
Tive o privilégio de cumprimentar o Prof. João Barnabé, meu Bom Amigo, Treinador e um entusiasta pelo futebol que tem desenvolvido as suas capacidades, saberes e empenhamento em benefício de causas justas e filantrópicas, caso do futebol de rua, onde exerce a função de seleccionador nacional, tendo obtido êxitos que orgulham os portugueses. Apraz-me registar que o CAC tem ao seu serviço, desde o início desta época, um fisioterapeuta, o sr. Gabriel Vargas que, aos 18 anos de idade, perdeu a visão total, mas não a vontade de servir a comunidade e o desporto como demonstra em todas as acções a que é chamado durante o jogo, na assistência aos lesionados. Resta acrescentar que obteve o Bacharelato em 1998 e a Licenciatura em 2005 títulos que, aliados aos seus conhecimentos, à sua experiência, ao seu profissionalismo e à sua simplicidade e simpatia, são uma mais-valia para o futebol e não só.

No domingo, dia 13, no Campo da Meia Laranja jogavam o Atlético Clube do Tojal (F. 13.03.1944) e o Casa Pia Atlético Clube (F. 03.07.1920), respectivamente o 2º e 1º classificados da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa e foi para lá que me dirigi. O encontro foi bem disputado, com emotividade e muita entrega, logo o empate (1-1) verificado no final, ajusta-se plenamente.
Equipa de arbitragem: Júlio Manuel Silvestre Silva Branco (Árbitro), José Oliveira Santos e Francisco José Costa Paulo.
Para além de referir o excelente estado de asseio e conservação das cadeiras das bancadas, graças à eficiência e ao dinamismo da responsável das Relações Públicas (Dª Rita Margarida Silva), a quem, novamente, expresso as minhas felicitações. Dá gosto ir campo do Tojal (eu já lá vou esta época 3 vezes). Saudei o meu Bom Amigo José Carlos Pires, que após ter superado um problema com a sua saúde, está apto e desejoso de voltar àquilo que tanto gosta de fazer: treinar, ensinar e valorizar o futebol.

Quando regressava a casa ouvi na rádio que, em Alverca, iam defrontar-se daí a pouco, em encontro amigável as selecções de Angola (F. 1979) e do Egipto (F. 1921). Logo rumei para lá não só para ver o jogo, como também na expectativa de cumprimentar os seus dirigentes, para lhes desejar as maiores venturas no CAN-2008.
Vi o jogo, que terminou empatado 3-3, mas quanto a cumprimentos só tive a felicidade de saudar o capitão da equipa, Paulo José Lopes Figueiredo, que, entretanto, tinha sido substituído, expressando os meus votos de felicidades para a equipa e um deixei um forte abraço de amizade para o Prof. Oliveira Gonçalves e Joaquim Dinis, responsáveis técnicos do seleccionado, quem saudei em Luanda, quando em Março último lá estive.
Equipa de arbitragem: Lucílio Baptista (Árbitro), Venâncio Tomé e Luís Ramos.
A fase final do CAN (Campeonato Africano das Nações) realiza-se este ano em Gana, de 20 de Janeiro a 10 de Fevereiro e vão competir as seguintes 16 selecções: Grupo A, Gana, Guiné-Conacri, Marrocos e Namíbia. B, Benin, Costa do Marfim, Mali e Nigéria. C, Camarões, Egipto, Sudão e Zâmbia. D, África do Sul, Angola, Senegal e Tunísia. Quanto às equipas de arbitragem serão constituídas dos 16 Árbitros escolhidos assim como de 16 Árbitros Assistentes. Para esta última função foi nomeado o angolano Inácio Manuel Cândido, (N. 27.01.1971) desejando que tudo lhe corra bem – o mundial 2010-África do Sul está mesmo à porta – e, como curiosidade, foram chamados da Confederação Asiática para actuarem neste certame Yuichi Nichimura (N. 17.04.1972, Japão, Árbitro) e Hea Sang Jeong (N 01.06.1971, Coreia do Sul, Árbitro Assistente).

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

ÁGUIA CLUBE - MIRA MAR (RETROSPECTIVA-XXII)

A minha última viagem (14 de Janeiro de 2007, domingo) foi à Ilha de São Miguel, onde assisti ao jogo Águia Clube Desportivo e o Mira Mar Sport Clube, no campo do Outeiro (terra batida), nos Arrifes, que contava para o Campeonato da Associação de Futebol de Ponta Delgada e que os da casa ganharam por 1-0.

Equipa de Arbitragem: Duarte Vicente Almeida Travassos (Árbitro), André Filipe Gravito Cunha e Paulo Filipe Melo Medeiros.

O meu Amigo José Manuel Carvalho fez o favor de me ir esperar ao Aeroporto João Paulo II. Antes do jogo principal ainda vimos um jogo de juniores. Nos Arrifes estive com o Árbitro Fernando Jorge Pereira, há muito radicado nesta ilha.

Quilómetro percorridos: 2970. Tempo dispendido: 19 horas.

E pronto, terminei a epopeia do agradecimento a todos aqueles que contribuíram para a minha formação cívica e desportiva, assistindo a um dos jogos promovidos pelas 22 Associações de Futebol de Portugal. Foi um gozo tremendo. Uma satisfação pessoal do dever cumprido. Voltaria a fazê-lo com o mesmo entusiasmo e vontade. É bom ter Amigos, e estar com eles. Não me cansei nem me aborreci ao percorrer os tais 20.621 quilómetros e ter ocupado as 351 horas necessárias para os fazer. Estou feliz pelo que fiz. Agradeço, uma vez mais, as atenções recebidas de todos aqueles que fui referindo ao longo destas vinte e duas crónicas, incluindo as equipas de arbitragem que fiz sempre questão em saudar e cumprimentar pessoalmente, razão porque fiquei a saber os seus nomes completos. Também agradeço ao sítio http://www.zerozero.pt/ pelas informações recolhidas e que muito ajudaram ao êxito da logística, assim como a ilustração das narrações com os emblemas dos clubes intervenientes. Aquele abraço!

Dentro em breve seguir-se-à o relato das minhas viagens a Angola (Março) e a Cabo Verde (Maio), dado que já referi a minha deslocação à Guiné-Bissau, conforme se pode constatar neste mesmo blog em 22 de Novembro de 2007. Espero, no decorrer deste novo ano, deslocar-me ao Brasil e a Moçambique.

domingo, 13 de janeiro de 2008

EFEMÉRIDE


Faz hoje precisamente 56 anos (como o tempo passa…) que assisti ao meu primeiro jogo de futebol oficial, com apenas 9 anos de idade (!), e logo no relvado do Estádio das Salésias, em Belém.

Defrontaram-se o Clube de Futebol Os Belenenses e o Grupo Desportivo Estoril Praia. A equipa de arbitragem era chefiada pelo Mestre Joaquim Campos, que se estreava na 1ª Divisão nacional.

A história deste acontecimento resume-se no seguinte: No Estoril alinhava um jogador de nome Alberto, logo meu homónimo e, como tal, um certo aproximar e simpatia emotiva pelo clube da linha da Costa do Sol, que alardeava perante toda a gente. Na minha rua morava o pai doutro jogador do mesmo clube e, sabendo o meu entusiasmo pelo futebol e por aquele clube, prometeu-me levar a ver um jogo, o que aconteceu naquele longínquo dia. O seu filho (Andrade, de seu nome) até marcou um golo e eu, naturalmente, pulei de contentamento.

Naquele domingo, 13 de Janeiro de 1952, foi o início de uma auspiciosa carreira para Joaquim Campos que, como se sabe, esteve presente nos Mundiais de 1958-Suécia e 1966-Inglaterra. Recordo que ostentou a insígnia FIFA durante 21 épocas consecutivas, marco hoje impossível de igualar.

Para memória futura, eis a sumula do jogo: Os Belenenses, alinhou com Sério; Rocha, Serafim e Castela; Feliciano e Rebelo (o tal que foi meu Treinador); Mário Rui, Pedroto (sim, o José Maria), André, Matateu (o melhor goleador dos azuis) e Narciso. O Estoril, jogaram: Sebastião; Magro, Alberto (o meu homónimo) e Cassiano; Elóis e Gonzaga; Lourenço, Vieira, Andrade, Nunes e Vilacova. Marcadores: 0-1, Andrade, aos 59 minutos (isso é que eu pulei...) e o golo do empate foi obtido por André, aos 88.

Foto: Comigo, quando, aqui há uns tempinhos atrás, recolhia apontamentos para um trabalho sobre o nosso tema preferido: a arbitragem.

sábado, 12 de janeiro de 2008

FELICITAÇÕES NATAL E ANO NOVO


VOTOS DE BOAS FESTAS PARTILHADOS COM
PERSONALIDADES E ENTIDADES.

A TODOS O MEU BEM-HAJA.

Abel da Costa (Fão), ACREDITAR-Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, Adriano Filipe (Sintra), Adriano Lins (Sergipe-Brasil), Afonso Matias (Lisboa), Agostinho Correia (Pinhal Novo), Álvaro Braga Júnior (Porto), Álvaro Morais (Queijas), Amadeu Rodrigues (Pontinha), Amaro Rodrigues (Praia-Cabo Verde), Amílcar Coito (Lisboa), Ana Bia Baptista (Goiás-Brasil), Ana Paula Oliveira (São Paulo-Brasil), André Gralha (Entroncamento), António Bernardo (Amadora), António Cardoso (Camarate), António Ferreira (Buraca), Apolino Pereira (Coimbra), Associação dos Amigos do Hospital de Santa Maria (Lisboa), Bento Silva (Bucelas), Bruno Furtado (Horta-Faial), Canda da Costa (Luanda-Angola), Cardita Sobral (Mem Martins), Carina Pereira (Queluz), Carla Rolo (Lisboa), Carlos Galeano (Lisboa), Carlos Correia (Mem Martins), Carlos Estriga (Entroncamento), Carlos Janela (Lisboa), Carlos Jesus (Lisboa), Climério Ferreira (Lisboa), CNID-Clube dos Jornalistas Desportivos, Conceição Martins (Lisboa), Costa Valente (Viana do Castelo), Cruz dos Santos (Lisboa), Daniel Soares (Vila Nova de Foz Côa), Décio Cordeiro (Queluz), Elisabete Cardoso (Póvoa Santa Iria), Elsa Mota (Lisboa), Emídio Júlio (Vila Pouca de Aguiar), Evandro Roman (Cascavel-Brasil), Fernando Martins (Lisboa), Fernando Rodolfo (Lisboa), Fernando Valdrez (Porto), Filipa Parreira (Odivelas), Frederico Lourenço (Torres Vedras), Francisco Bernardes (Lisboa), Francisco Parrinha (Cacém), Gabriela Quaresma (Lisboa), Gabriel Santos (Almeirim), Gueorgui Ivanov (Lisboa), Hamed Oult (Guiné-Bissau), Inácio Almeida (Barreiro), Ivone Santos (Lisboa), Jacinto Montezo (Palmela), Januário Ferreira (Vila Nova de Foz Côa), João Gomide (Rio de Janeiro-Brasil), João Mónica (Venda Nova-Amadora), João Sargento (Lisboa), Joaquim Campos (Lisboa), Joaquim Carvalho (Rio de Mouro), Joaquim Xavier Silva (Lisboa), Jorge Correia (Amora), Jorge Faustino (Leiria), Jorge Fernandes (Luanda-Angola), Jorge Marques (Queluz), Jorge Nunes (Sertã), José Alberto Rosa (Lisboa), José Ferreira (Lisboa), José Manuel Martins (Oeiras), José Manuel Paixão (Beja), José Padinha (Cacém), José Pessi (Rio Grande do Sul-Brasil), José Ribeiro (Lourel), José Soeiro (Beja), José Sousa (Lisboa), José Trindade (Luxemburgo), José Valdoleiros (Paredes), José Vedor (Beja), José Vital (Lisboa), LACATONI-Desportos, Ldª (Braga), Leonel Pires (Bucelas), Luís Barreto (Paço de Arcos), Luís Brás (São Romão-Seia), Luís Estrela (Lisboa), Luís Serra (Barreiro), Luísa Castel-Branco (Lisboa), Madalena Louro (Lisboa), Manuel Amendoeira (Almada), Manuel António Correia (Lisboa), Manuel Dende (São Tomé e Príncipe), Manuel Ferreira (Peniche), Manuel Sérgio (Lisboa), Maria João Fortunato (Loures), Mário Real (Lisboa), Nuno Barata (Pinheiro de Loures), Nuno Nepomuceno (Torres Vedras), Nuno Pereira (Póvoa Santa Iria), Paulo Silva (Lisboa), Pedro Barata (Lisboa), Pedro Mendes (Lisboa), Rui Melo (Lisboa), Rui Piteira (Palmela), Rui Raimundo (Lisboa), Sepa Santos (Montijo), Sérgio Corrêa Silva (São Paulo-Brasil), Sérgio Landgraf (São Paulo-Brasil), Sérgio Nunes (Amadora), Sílvia Regina (São Paulo-Brasil), Sofia Amiguinho (Lisboa), Susanna de Gioia (Cascais), Teodoro Castro Lino (Goiás-Brasil), Tomás Baltazar (Lisboa), Turanga-Agência de Viagens (Lisboa), Vítor Campos (Seixal), Vítor Carvalho (Lisboa), Vítor Faustino (Amadora), Vítor Gonçalves (Lisboa), Vítor Pereira (Linda-a-Velha), Vítor Santos (Gondomar) e muitos, muitos mais que não me ocorre os seus nomes (desculpem-me esta falha...).

Nota: Mensagem recebida de Formandos que frequentaram o Curso Eusébio da Silva Ferreira (1993).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

LEONEL PIRES, UM SENHOR – CAMARATE-PONTERROLENSE, BENFICA-ESTORIL, PALMENSE-PERO PINHEIRO E BUCELAS-FANHÕES - FIM-DE-SEMANA FUTEBOLÍSTICO













Neste último sábado, dia 5, estive, à tarde, no Campo da Quinta dos Barros a assistir ao jogo entre as equipas do Grupo Desportivo Águias de Camarate (Fundado em 01.08.1950) e do Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural Ponterrolense (F. 01.01.1941), do Campeonato de Juniores da I Divisão, série 1, da Associação de Futebol de Lisboa e que terminou com a vitória dos primeiros por 4-1. Saudei o meu bom Amigo, da velha guarda, sr. António Cardoso.
Equipa de Arbitragem: Bruno Miguel Macedo Chagas (Árbitro), Flávio Alexandre Silva Ramos e João Pedro Machado Silva.

No domingo, dia de Reis, de manhã e no Complexo Desportivo dos Pupilos do Exército (Alto dos Moinhos-Lisboa), para além de cumprimentar Nené, o magnifico jogador internacional do Sport Lisboa e Benfica (F.28.02.1904), vi os seus pupilos ganharem ao Grupo Desportivo Estoril Praia (F.17.05.1939), por 3-1, no jogo que contava para o Distrital de Juvenis I Divisão Honra.
Equipa de Arbitragem: Ari Conceição Silva Mendonça (Árbitro), Tiago Bruno Lopes Martins e Tiago Manuel Almeida Rocha.

Logo a seguir desloquei-me ao campo José Ramos, onde presenciei o desafio entre o Sport Futebol Palmense (F.25.10.1910) e o Clube Atlético Pêro Pinheiro (F. 07.10.1945), do Campeonato Distrial de Juvenis II Divisão, cujo resultado foi favorável aos visitantes por 4-2. O piso, de terra batida e todo ele enlameado, estava impróprio para a prática de bom futebol…
Equipa de Arbitragem, somente constituída por 2 elementos: Fábio Emanuel Ferreira Querido e André Lopes Dias.

À tarde, em Bucelas, no alindado campo Júlio Alves, com sintético de última geração, o Clube de Futebol Os Bucelenses (F. 15.09.1929), derrotou o Sport Lisboa e Fanhões (F. 1942), por 2-0. Encontro do Campeonato da I Divisão Honra.
Equipa de Arbitragem: Flávio José Serrano Roques (Árbitro), Nuno Domingos Henriques Gonçalves e Carlos André Gaio Nunes.

Saudei os meus velhos amigos Bento Silva (Ex-Árbitro) e Leonel Pires (Massagista de renome). Entretanto, no decorrer da segunda parte, o guarda-redes do Fanhões ao efectuar uma defesa de alto risco (em voo), deslocou o ombro direito quando caiu (nada bem, diga-se). Não foi possível a sua recuperação e aconteceu ter sido substituído, recolhendo às cabinas. Leonel Eurico Pires, que assistia ao jogo na bancada na companhia de familiares, respondeu de imediato à solicitação dum seu colega no sentido de que se deslocasse aos balneários para ajudar o lesionado, o que fez de bom agrado. Graças aos seus profundos conhecimentos e experiência profissional deu a sua preciosa colaboração localmente e indicou ao jogador o que fazer a seguir no Hospital para onde foi transportado. Esta atitude de Leonel Pires, que não estava de serviço, para com um atleta, mais a mais adversário, é demonstrativo do que as pessoas devem ser no seu dia-a-dia: Prestáveis, Gentis e Dignas de estarem no Futebol. Gostei bastante do que vi e, por isso, fui felicitá-lo no fim do jogo, saudando o Grande Homem que é o humilde, cortês e sincero – e já agora meu bom Amigo – Leonel Pires! (encontra-se na fila de trás, à esquerda, quando a delegação da selecção nacional de Futsal foi apresentar cumprimentos de cortesia ao Presidente da Assembleia da República, antes de partirem para Taipé, onde se desenrolou o Mundial-2004).

Nota: A última distinção que merecidamente recebeu foi a Medalha Municipal de Mérito Desportivo, atribuída pela Câmara Municipal de Loures, em 29 de Junho de 2006.